Noruega, a terra dos Vikings!
Toda essa magnífica costa da Noruega foi dominada pelos Vikings. Num passado remoto por várias tribos que guerrearam entre si e, do ano 800 ao 1.050 da Era Cristã, por um império unificado.
Ao contrario dos desenhos que se popularizaram, os vikings não usavam capacetes com chifres nem eram brutamontes. No inverno ficavam em casa cuidando das ovelhas. Somente no verão costumavam se afoitar pelos mares nos seus barcos ágeis, porem sem proteção para neve ou frio. E aí se revelaram destemidos guerreiros, de uma audácia quase insana.
No século 9, os vikings atacaram Paris e Constantinopla _ quanto atrevimento! _, e saquearam sem parar de Nantes, na França, a Lisboa, em Portugal, e de Sevilha, na Espanha, ao norte da África. No apogeu de sua era, anexaram o seu reino, que cobria toda a Escandinávia, a Bretanha, a Normandia, a Sicília e a Russia. Descobriram a Groenlândia e a Islândia e estabeleceram um comércio profícuo com Bisâncio, Pérsia e Índia.
De tanto rodar o mundo, os vikings acabaram voltando para casa influenciados pela cultura cristã, que já dominava a Europa. Quando se converteram ao Cristianismo, construíram mais de mil igrejas, todas de madeira, das quais trinta ainda hoje estão preservadas. A maior é de Heddal, com 868 anos. Apesar de Católica, ela é repleta de figuras da mitologia viking, como Odin, o deus supremo da sabedoria e da guerra, e um dragão logo na porta principal, símbolo dos espíritos protetores.

Vídeo de dentro da Igreja Heddal
Hoje a roda da conquista inverteu-se. A terra dos vikings é que vem sendo explorada por gente do mundo inteiro. Não guerreiros interessados em subjugar adversários, mas turistas aficionados por natureza. E mesmo aqueles que já tenham carimbado uma dúzia de passaportes certamente registrarão o Reino dos Fiordes como uma das mais sensacionais paisagens do planeta.
O reino dos fiordes:
Uma das paisagens mais jovens da Terra é um assombro. Os fiordes da Noruega, antigos vales glaciais invadidos pelo mar, exibem aquela ousadia própria da juventude. Eles compõem um cenário completamente inusitado, que ainda estava em formação quando a Serra da Mantiqueira, na fronteira de São Paulo com Minas Gerais e Rio de Janeiro, já era o que é hoje. Ainda eram bebês em que os Andes entravam na maturidade. Mal acabavam de engatinhar quando o Grand Canyon saía da adolescência. Em termos de cronologia geológica, os fiordes, com 12 mil anos de idade, são ainda muito jovens, são ainda muito jovens nesse planeta de quase 5 bilhões de anos.
Talvez isso explique sua extrema audácia. Esses golfos estreitos e profundos, margeados por montanhas de até 1.500 metros de altitude, desafiam a imaginação e provocam perplexidade mesmo nos menos entusiastas da natureza. São mais de 1.000 em todo o reino da Noruega, um naco de terra um pouco menor que o estado do Maranhão. Uma conta bem simples dá a ideia de o quanto interferem no litoral do país: num traçado linear, a costa norueguesa tem 2 mil quilômetros; mas caso sejam contabilizadas todas as entradas que o mar faz no continente, criando assim os fiordes, a extensão costeira vai a 20 mil quilômetros.
O fiorde Sogne é o que maior contribuição faz a essa matemática. Com 204 quilômetros de extensão e 1.300 metros de profundidade, é chamado de Fiorde Rei. Quem segue em sua direção pela rodovia E-16, partindo de Oslo, a capital da Noruega, sente que algo de grandioso se prenuncia. Durante boa parte do percurso, a estrada corre ao lado do Rio Laerdal, que nasce na montanha Fillefjell e deságua a 250 quilômetros depois de um dos braços do Sogne. Para fazer juz ao anfitrião que o aguarda, o Rio Laerdal se esmera.
Enquanto vai avançando, o Laerdal passa por vilarejos de 500 mil habitantes, corta as intermináveis extensões de pinheiros, carvalhos, ébanos e bétulas, que formam uma floresta mais bosqueada que densa, e mata a sede dos fiording, os cavalos de raça nativa, pequenos e robustos. Num certo momento as montanhas vão ficando mais altas. Aquelas 600 metros dão lugar a outras de 900 a 1.500 metros de altura. Até que aparece o primeiro braço dp Fiorde Rei. O que se vê é um “lago” de papel machê, comprido, índigo, estático, sem ondas, que não tem nada a ver com nossa ideia de mar. Esse “lago” estende-se por um corredor de montanhas até o horizonte. Veja na imagem a seguir. Como está distante das correntes e acomodado em um vale profundo, o mar aqui é calmo. Por isso ganha essa aparecia lacustre.
Você sabe como nasceram os fiordes?


Selecionamos algumas imagens para inspirar você a conhecer este lugar tão majestoso!










Como mover-se na Noruega, viaje do seu jeito!
A Noruega é um país longo e escarpado e mover-se pelos vários destinos pode não ser tão fácil quanto parece. No entanto, recursos modernos foram viabilizados para facilitar os deslocamentos e viajens. Atualmente, a infra-estrutura do país reúne trens, barcos, estradas e uma rede de pequenos aeroportos, que permitem o acesso a todas as partes do país.
De avião: