No leste da ilha de Florianópolis, em meio às movimentadas praias de Joaquina e Mole, há uma praia paradisíaca chamada Gravatá. Essa praia é totalmente preservada e pouco movimentada, pois o acesso se dá somente por trilha.
Considerando que na SC-406 não há local para estacionamento, deixamos o carro na Lagoa da Conceição e seguimos por uma trilha ao lado direito do Bar do Boni. Seguimos por esse caminho, que tem uma subida bem íngreme, até chegar à rodovia. Esse trajeto é concretado e passa por moradias locais.
Após atravessar a SC, iniciamos a trilha para a praia do Gravatá. Os primeiros metros, em torno de 40, são de subida acentuada e piso de concreto, mas logo em seguida segue-se por uma trilha de terra. Logo no início da trilha conversamos com uma moradora que disse ser bem comum encontrar cobras da espécie coral, motivo pelo qual é prudente fazer o trajeto usando calçados fechados.
A trilha é bem aberta e de nível fácil, cercada pela vegetação local. O nome da praia se dá por causa da planta gravatá que está por toda parte e consiste numa espécie de bromélia, com folhas fibrosas e com espinhos.
Seguindo pelo caminho, logo em seguida, do lado esquerdo, há a Rampa Praia Mole, uma área utilizada pelos praticantes de parapente e asa-delta. O local proporciona uma bela vista da praia Mole e praia da Galheta. Aproveitamos para fazer uma parada para beber água e admirar a paisagem.


Muitos moradores de Santa Catarina não conhecem essa bela praia, nem imaginam a beleza que está tão próxima a eles. Seguimos pela trilha e após alguns minutos, pudemos visualizar a primeira imagem dessa praia encantadora que contracenava com o céu azul. A primeira coisa que veio em mente: “encontramos o paraíso”.


A praia tem uma pequena extensão de areia, aproximadamente 60 metros. O mar tem uma coloração esverdeada e ondas calmas. Há uma casinha de madeira pertencente aos pescadores da região e que estava fechada durante o tempo que estivemos lá.
Banhar-se nas águas cristalinas proporciona uma sensação de refrescância, de estímulo e renovação, algo energizante. São inúmeros os peixinhos que se pode ver nas águas claras e quentes desse pequeno refúgio. Com certeza podemos chamar o local de “caribe brasileiro”.

Segundo os biólogos, ao nascer do sol é possível avistar lontras na praia, que são carnívoros que comem basicamente peixes.
Após um banho de mar relaxante e um breve descanso para apreciar a beleza do lugar, seguimos em frente. A trilha segue até o costão da ponta do gravatá. O trajeto continua fácil e ao chegar na ponta do gravatá, tem-se uma vista da praia da Joaquina. Há uma grande pedra no alto que exige um certo exercício de escalada.



No caminho de volta, quase no final da trilha, encontramos um pequeno lagarto que, ao nos avistar, escondeu-se no meio da vegetação da mata atlântica. Ficamos alguns minutos aguardando ele voltar para a trilha, para fazermos um registro fotográfico, mas provavelmente só saiu do esconderijo quando nos afastamos.

O percurso da trilha dura cerca de 30 minutos. Como não há infraestrutura no local, aconselha-se levar água e lanche. Vale muito a pena caminhar alguns metros para passar um tempo desfrutando dessa maravilha da natureza e dessa praia quase intocada.
Como chegar: Abaixo você vê o mapa dessa trilha, caso queira segui-la com seu celular será necessário baixar o aplicativo Wikiloc e adquirir um plano mensal ou anual para ter total autonomia de seguir essa trilha e muitas outras.
Mapa da Trilha