No leste da ilha de Florianópolis, em meio às movimentadas praias de Joaquina e Mole, há uma praia paradisíaca chamada Gravatá. Essa praia é totalmente preservada e pouco movimentada, pois o acesso se dá somente por trilha.

Considerando que na SC-406 não há local para estacionamento, deixamos o carro na Lagoa da Conceição e seguimos por uma trilha ao lado direito do Bar do Boni. Seguimos por esse caminho, que tem uma subida bem íngreme, até chegar à rodovia. Esse trajeto é concretado e passa por moradias locais.

Após atravessar a SC, iniciamos a trilha para a praia do Gravatá. Os primeiros metros, em torno de 40, são de subida acentuada e piso de concreto, mas logo em seguida segue-se por uma trilha de terra. Logo no início da trilha conversamos com uma moradora que disse ser bem comum encontrar cobras da espécie coral, motivo pelo qual é prudente fazer o trajeto usando calçados fechados.

A trilha é bem aberta e de nível fácil, cercada pela vegetação local. O  nome da praia se dá por causa da planta gravatá que está por toda parte e consiste numa espécie de bromélia, com folhas fibrosas e com espinhos.

Seguindo pelo caminho, logo em seguida, do lado esquerdo, há a Rampa Praia Mole, uma área utilizada pelos praticantes de parapente e asa-delta. O local proporciona uma bela vista da praia Mole e praia da Galheta. Aproveitamos para fazer uma parada para beber água e admirar a paisagem.

Gravatá
Foto: Luís H. Fritsch
Gravatá
Foto: Luís H. Fritsch

Muitos moradores de Santa Catarina não conhecem essa bela praia, nem imaginam a beleza que está tão próxima a eles. Seguimos pela trilha e após alguns minutos, pudemos visualizar a primeira imagem dessa praia encantadora que contracenava com o céu azul. A primeira coisa que veio em mente: “encontramos o paraíso”.

Gravatá
Foto: Luís H. Fritsch
Gravatá
Foto: Luís H. Fritsch

A praia tem uma pequena extensão de areia, aproximadamente 60 metros. O mar tem uma coloração esverdeada e ondas calmas. Há uma casinha de madeira pertencente aos pescadores da região e que estava fechada durante o tempo que estivemos lá.

Banhar-se nas águas cristalinas proporciona uma sensação de refrescância, de estímulo e renovação, algo energizante. São inúmeros os peixinhos que se pode ver nas águas claras e quentes desse pequeno refúgio. Com certeza podemos chamar o local de “caribe brasileiro”.

Gravatá
Foto: Luís H. Fritsch

Segundo os biólogos, ao nascer do sol é possível avistar lontras na praia, que são carnívoros que comem basicamente peixes.

Após um banho de mar relaxante e um breve descanso para apreciar a beleza do lugar, seguimos em frente. A trilha segue até o costão da ponta do gravatá. O trajeto continua fácil e ao chegar na ponta do gravatá, tem-se  uma vista da praia da Joaquina. Há uma grande pedra no alto que exige um certo exercício de escalada.

Gravatá
Foto: Luís H. Fritsch
Gravatá
Foto: Luís H. Fritsch
Gravatá
Foto: Luís H. Fritsch

No caminho de volta, quase no final da trilha, encontramos um pequeno lagarto que, ao nos avistar, escondeu-se no meio da vegetação da mata atlântica. Ficamos alguns minutos aguardando ele voltar para a trilha,  para fazermos um registro fotográfico, mas provavelmente só saiu do esconderijo quando nos afastamos.

Gravatá
Foto: Luís H. Fritsch

O percurso da trilha dura cerca de 30 minutos. Como não há infraestrutura no local, aconselha-se levar água e lanche. Vale muito a pena caminhar alguns metros para passar um tempo desfrutando dessa maravilha da natureza e dessa praia quase intocada.

Como chegar: Abaixo você vê o mapa dessa trilha, caso queira segui-la com seu celular será necessário baixar o aplicativo Wikiloc e adquirir um plano mensal ou anual para ter total autonomia de seguir essa trilha e muitas outras.

Mapa da Trilha

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