Foi realizado nos dias 23 e 24 da março a segunda edição do Treinamento de Sobrevivência, promovido pelo instrutor Marcelo Nava da Marinha do Brasil.
Contando com a participação de 3 alunos, com experiências e formações bem diversificadas, o desafio ocorreu numa grande área operacional de mata virgem, de propriedade do Sr. Raul do Camping Parque da Usina, em Farroupilha.

Equipe de Alunos:
- Jean Gasperin: vendedor de Bento Gonçalves
- Lair Schirmer: ambientalista de Arroio do Meio
- Paulo Spilimbergo: médico de Porto Alegre
Após o encontro e briefing no Parque, onde todos se apresentaram e se conheceram, no início da tarde de sábado, a equipe iniciou uma caminhada de 1 hora até o Campo Escola. O local situa-se próximo a um arroio, contando com os recursos naturais para o aprendizado das técnicas de sobrevivência.
Instrução 1 – Abrigo
Os alunos tiveram a oportunidade de construir um abrigo coletivo,
empregando suas facas de mato e serrote, aprendendo a fazer amarras com os galhos e troncos de arvore, que serviram de estrutura. O telhado foi coberto com folhas de samambaia e o “colchão” foi produzido com grandes folhas de sororoca, que possui propriedade natural de isolamento térmico.
O instrutor orientou para a construção de camas simples, afastadas do chão, de modo a não perderem calor corporal em função da grande umidade do solo.
Instrução 2 – Fogo
Nessa parte do curso, foram apresentadas diferentes técnicas para
produção de faísca para dar ignição à isca (como resina de pinheiro, por
exemplo) e iniciar o processo de combustão da madeira morta, coletada no local.
Primeiramente, por meio do atrito entre gravetos com uma base mais
sólida, passando pelo uso da pederneira e aço e, por fim, através do uso de combustíveis infamáveis, como o álcool, e mesmo um maçarico improvisado com desodorante. A manutenção do fogo foi o maior desafio, em função da alta umidade do ar no dia do curso. Porém, como recurso de backup, foi permitido o emprego de fogareiro para a conclusão do preparo dos alimentos e aquecimento do corpo.
Instrução 3 – Alimentação e hidratação
Foram realizadas instruções e debates sobre os alimentos de origem animal e vegetal comestíveis. Os alunos realizaram o teste de comestividade mascando um pedaço de caule de sororoca, experimentando a sensação de dormência na boca, o que caracteriza um recurso impróprio para o consumo.
Através da coleta de folhas de pinos e de uma florzinha campestre conhecida como vassourinha, foi produzido um delicioso e nutritivo chá, rico em vitamina C e sais minerais.
Também foram coletados e preparados espécimes invertebrados para a
alimentação, como grilos, formigas, gafanhoto e aranhas. Os alunos aprenderam a separar as partes comestíveis das que podem conter parasitas.
Como nesse treinamento a intenção não era a matança de animais de maior porte, os alunos levaram alimentos complementares para sua manutenção energética.
Ao anoitecer, foi realizada uma caminhada noturna por uma trilha na mata, conduzindo os alunos a observarem outros recursos importantes para seu maior conforto e sobrevivência. Tentamos a caça às rãs, mas infelizmente não conseguimos encontrar nenhuma dessa preciosa e saudável fonte de proteína.
Instrução 4 – Ferramentas Primitivas
O instrutor apresentou ferramentas primitivas encontradas em pequenas
grutas da região, possivelmente produzidas por índios kaygangs. Por meio de seus gumes afiados, os alunos puderam experimentar o processo de corte de galhos.
Instrução 5 – Deslocamento
Após o jantar e pernoite no abrigo natural, todos acordaram cedo para as instruções do domingo, sobre processos de obtenção e preparo da água.
Ao terminarmos as tarefas da manhã, iniciamos uma caminhada de sobrevivência de 5 km ao longo do leito de um arroio e de algumas trilhas fechadas nas margens. O objetivo dessa caminhada foi mostrar a forma de deslocamento em mata fechada, ao mesmo tempo em que é necessário apurar os sentidos para identificar perigos e oportunidades na selva subtropical.

Instrução 6 – Outras habilidades
A caminhada terminou em uma bela cachoeira, onde todos se refrescaram e fizeram a higiene corporal. Pelo menos um banho diário, sempre que possível, é fundamental para a sobrevivência e controle de parasitas, além de melhorar a moral da equipe.
O treinamento foi retomado, onde o instrutor conduziu os alunos à uma interessante formação geológica: uma pequena caverna caprichosamente escavada pela natureza em um paredão de rocha granítica. O detalhe é que ela situa-se à 10 metros de altura. Para isso, os alunos usaram uma escada construída com recursos locais para atingir a caverna, constituindo-se em ótimo abrigo para uma situação de sobrevivência.

Após a conclusão das instruções, retornamos ao ponto inicial, o Parque da Usina, onde realizamos o de-briefing. O treinamento foi dado como satisfatório.
Os alunos mostraram-se muito motivados, curiosos e corajosos para expandirem suas zonas de conforto e levaram para casa uma diferente experiência de vida ao lado da natureza e de novos amigos!
Olá gostaria de saber se terá novas datas para o treinamento ? Por favor gostaria de ser avisado, obrigado
Ainda não temos essa informação!
Tenho interesse em participar se houver uma nova edição
Tenho interesse em participar quando houver novo time.
Olá Juliano, está para acontecer um novo treinamento, https://facebook.com/events/s/wfa-curso-de-primeiros-socorro/358536242886180/
Tenho interesse em participar quando haver novo treinamento!
Tenho interesse em participar em uma próxima edição
Boa tarde!
tenho interesse de realizar o curso na próxima turma!