Na Serra Fina é assim, você dorme cedo e acorda mais cedo ainda. No segundo dia acordamos pouco antes das 6 horas, esquentamos nosso café e contemplamos o nascer do Sol que naquele dia, apareceu bem atrás da Pedra da Mina. A noite não foi muito fria, mas o dia amanheceu gelado. Tiramos mais algumas fotos do nascer do sol e preparamos as coisas para botar o pé na trilha novamente. A descida do Capim Amarelo é difícil, longa e bastante íngreme, requer bastante cuidado porque as folhas secas que ficam na trilha tornam o terreno escorregadio. Na descida é perceptível que uma mochila bem organizada e no máximo na largura do corpo faz a diferença, pois em alguns trechos a trilha é bastante estreita e se não for assim a carga vai “enroscando” e “prendendo” por todos os lados.

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Acampamento no Capim Amarelo

A Foto ao lado mostra o nascer do sol no Alto do Capim Amarelo comigo na sombra apontando para o Topo da Pedra da Mina. Partimos pro segundo dia de travessia seguindo pelo trajeto marcado no GPS. O segundo dia é considerado o mais “duro” da travessia, apesar da pouca diferença de altitude do Alto do Capim Amarelo e da Pedra da Mina, as grandes variações do trajeto são o maior obstáculo, muitas descidas e subidas, capim alto, trilha escorregadia, pedras na trilha, sol forte à frente, e o terreno muito acidentado. Em grande parte do trajeto é possível visualizar a Pedra da Mina, nosso objetivo do dia. Seguimos pela trilha de subidas e descidas e nos deparamos com a primeira escalaminhada da travessia, um trecho depois da descida do Capim Amarelo e após atravessar uma trilha na Mata, neste trecho é preciso tomar muito cuidado, pois o peso da mochila acaba nos puxando para trás e como a subida tem alto grau de inclinação, uma queda neste trecho rolando morro abaixo poderia gerar ferimentos graves. Então, aqui todo cuidado é pouco.

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Nascer do sol no Capim Amarelo

Paramos para almoçar um pouco antes da subida da Pedra da Mina já na expectativa de encontrar água logo à frente para nos reabastecer. Após o almoço continuamos no trajeto rumo à Pedra da Mina. Na foto ao lado o visual de um trecho de capim que é preciso atravessar a caminho da Pedra da Mina. Além deste ponto, há no mínimo outros 5 trechos de capim alto bastante parecidos. Chegando próximo à base da Grande Montanha reabastecemos nossa água num riacho que fica à direita da trilha e iniciamos a forte subida.

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Caminho para a Pedra da Mina

Após a subida da Pedra da Mina a ordem é aguardar outra vez o por do sol, só que agora a 2.798 metros de altitude, se o tempo estiver bom o espetáculo é garantido (Foto ao Lado). Após o por do sol o vento gelado tomou conta do ambiente, nossa sorte ter encontrado local para o acampamento na baixada da montanha no lado Sul, isso amenizou um pouco os efeitos do vento gelado. Neste dia fizemos o esperado arroz com linguiça e para dar um toque especial na receita, misturamos uma dose de milho com ervilha que o Paulo levou. Ficou Muito Bom! Após a fartura do jantar e devido ao frio intenso, optamos por ir descansar mais cedo, assim, logo após às 19 horas nós já estávamos dentro das barracas. Boa Noite Gurizada!

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Pôr do sol na Pedra da Mina

Data do relato: 23 a 26/08/2013

Texto e Fotos: Cristiano Da Cruz

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Contato: www.indiadabuena.com.br

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